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Gal Costa , a voz icônica da MPB , morreu aos 77 anos!

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Gal Costa, a cantora, morreu nessa quarta-feira, 9 de setembro, aos 77 anos. A causa da morte ainda não foi determinada. A cantora baiana cancelou sua participação no evento Primavera Sound, no fim de semana, em São Paulo, para se recuperar de uma cirurgia para retirar uma massa na fossa nasal direita. A cirurgia aconteceu no final de setembro, após a apresentação em outro festival, o Coala, também em São Paulo.

Gal Costa, batizada de Maria da Graça Costa Penna Burgos, nascida em Salvador, Bahia, marcou a história na música brasileira como uma intérprete de renome. Foi integrante do movimento tropicalista, assim como outros jovens músicos baianos do período, como Caetano Veloso, Maria Bethânia e Gilberto Gil, com quem fundou o conjunto Doces Bárbaros.

A relação de Caetano e companhia começou na década de 1960, durante apresentações musicais icônicas em Salvador. Mudou-se para o Rio de Janeiro, mergulhando no fervor cultural da década e mantendo-se próxima dos colegas baianos. Participou do disco de estreia de Maria Bethânia e depois do de Caetano, antes de alcançar o recorde Tropicália ou Panis et Circencis (1968).

Gal se firmou como uma artista de palco emotiva, capaz de rearranjar intenções e sentimentos em músicas assinadas por parceiros, influenciadas por João Gilberto e clássicos da MPB. Ela entrou para o panteão de vozes de destaque na música brasileira , ao lado de Elis Regina e Maria Bethânia, com um timbre agudo e afinado. Suas interpretações de Divino Maravilhoso, Baby, Vaca Profana, Vapor Barato e Um Dia de Domingo são atemporais.

Gal Costa, teve seu primeiro álbum solo, foi lançado apenas em 1969, devido à perseguição da ditadura militar a vocalistas como Gil e Caetano. Pensa-se que o disco da Tropicália seja o final. No mesmo ano, ela produziu seu segundo e mais influente álbum, o psicodélico Gal (1969), no qual cantou o hino feminista Meu Nome é Gal, que foi paradoxalmente escrito por dois homens, Roberto e Erasmo Carlos. A contribuição de Gal para a música brasileira foi além de suas habilidades. O artista também foi um ferrenho opositor do regime militar.

Seu álbum India (1973), por exemplo, foi restringido na época por “ferir a moral e os bons costumes”: a imagem da capa concentrou-se apenas na calcinha e biquíni da cantora. Os sensores convocaram o diretor da gravadora Polygram, Roberto Menescal, para explicar a imagem na época. O álbum foi lançado, porém, foi embrulhado em plástico com uma capa azul.

Gal foi prolífico, lançando vários álbuns de estúdio e ao vivo , além de colaborar em vários projetos. Seu álbum mais recente, No Dor, foi lançado em 2021, e contou com duetos com Rubel, Rodrigo Amarante, Seu Jorge, Silva, Criolo e Jorge Drexler.

Assista à notícia dada ao vivo na Band:

Video: Band Jornalismo

Vários famosos usaram as redes sócias para lamentar e se despedir da cantora, confira algumas homenagens à Gal:

”Sua voz, nossa vida. Obrigado Gal“

Lulu Santos

Escreveu o Cantor Lulu Santos, se despedindo da cantora, e não para por aí, outros famosos também lamentaram a perda inestimável hoje.

”Sem chão… Mais do que uma das maiores vozes da música popular brasileira, Gal Costa representava o amor mais puro e resiliente pela nossa cultura. Uma perda difícil de superar. Toda solidariedade à sua família, amigos e fãs“

Deputada federal Jandira Feghali

“A nossa grandiosa Gal Costa nos deixou! A música e a arte dela fizeram parte de toda a minha vida e dos caminhos que trilhei. Gal deixou um legado incomparável e jamais sairá das nossas lembranças. Obrigado por tudo! Você é eterna!”

Randolfe Rodrigues

“Que triste a morte de Gal Costa!! Que descanse e que a família fique bem, meus sinceros pêsames”

Valesca Popozuda

“Ah, Brasil…que vazio. Sem Gal Costa, que tristeza sem fim.”

Zélia Duncan

“Meu Deus! Não é possível isso. Tristeza imensa, profunda, avassaladora. Gal Costa sempre existiu. Existirá”

jornalista Flávia Oliveira
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